domingo, 24 de janeiro de 2010

Review: Chrono Cross (PSX)


Fala Galera, certinho ?

Hoje trago para vocês, a review de um dos jogos que marcaram a minha infância, e particularmente, o melhor game que já joguei. Então, vamos a review :]

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Review: Chrono Cross (1999,2000, PlayStation)

Existem jogos, que apenas jogamos por jogar, pra dizer que já zeramos aquele game, existem outros, que jogamos por um tempo e depois enjoamos. Mas, existem aqueles que nos marcam pelo resto da vida, e que não nos cansamos de jogar. Foi o que aconteceu comigo em Chrono Cross.
Sempre gostei muito de RPGs, particularmente, meu gênero favorito, não foi diferente quando pus as mãos em Chrono Cross, simplesmente amei o game, e nele vivi uma experiência sem igual, que não sei explicar, mas, que não vivi em nenhum outro game.

Você é Serge, um jovem de cabelos azuis, que é filho de pescadores e vive em Arni Village, um pequeno vilarejo humilde. O Game começa em um sonho de Serge, no qual ele está em um castelo, e tem de enfrentar várias batalhas sem sentido, no final desse sonho, ele vê uma jovem garota de cabelos loiros sendo ferida. Serge acorda em seu quarto, no vilarejo de Arni, e não entende o motivo daquele sonho maluco, mal sabe ele que tudo aquilo vira a se tornar real.
Serge mora com sua mãe, e parece ter muitos amigos no vilarejo, dentre eles está Leena, uma jovem que aparentemente é cortejada pelo nosso protagonista. Leena, como primeira missão do jogo, pede para Serge ir até a praia e pegar algumas Komodo Scales para ela, para que possa fazer um colar, Serge sem pestanejar, aceita. Após coletar todas as Scales com muito esforço, tendo que passar por batalhas (uma delas contra o primeiro mestre) Serge retorna até Leena, que fica muito agradecida por sua ajuda, e lhe faz um convite, para encontra-la na praia ao entardecer, nosso protagonista silencioso, não se agüenta de ansiedade, e vai mais cedo ao local. A partir daí, a vida e a história de Serge, mudam completamente, mal sabe ele, que nessa praia existe um portal dimensional, que o transporta para uma dimensão paralela da qual ele vive.

Aparentemente, você está no mesmo lugar, nada mudou. Serge acorda sem entender o que aconteceu, e decide voltar para casa, na volta para o vilarejo vem a surpresa, ninguém conhece Serge, todos o evitam, até que, ao falar com sua mãe, descobre que morreu afogado a 10 anos atrás, e que nessa dimensão, ele não existirá mais.A partir daí, tudo fica extremamente confuso para o nosso herói, e Serge passa a buscar respostas.Na visita ao seu túmulo, ele encontra uma jovem garota de cabelos loiros, chamada Kid, que parece conhecer Serge melhor do que ele próprio, e para a surpresa dele, é a mesma garota de seu sonho no castelo (aquele sonho do começo, da garota que foi ferida, lembram?)

Serge passa a andar com essa garota, afinal, é a única pessoa que realmente sabe quem ele é nessa dimensão paralela. A busca por respostas continua, até que, ele conhece um homem em forma de gato, chamado Lynx. Pouca coisa se sabe sobre esse homem, apenas que ele possui grandes poderes, e uma ambição maior ainda, a de conseguir um artefato misterioso chamado Frozen Flame.

A história vai ficando cada vez mais complexa, diversos eventos relacionados as duas dimensões vão acontecendo, e Serge descobre, que não apenas sua morte difere uma dimensão da outra, mas todo um futuro. O verdadeiro significado do artefato Frozen Flame que é almejado por Lynx, é revelado, trata-se na verdade, de um pedaço de Lavos (Mestre final de Chrono Trigger) que sobrou na terra, e com isso Lynx e uma outra entidade chamada Fate, pretendem traze-lo de volta a vida.Nosso herói, descobre que só não morreu afogado em sua dimensão, pois uma outra entidade chamada Schalla o salvou (Schalla que é a princesa do reino de Zeal em Chrono Trigger) tornando-o uma espécie de “escolhido” por Schalla, assim, sendo ele, o único capaz de tocar no Frozen Flame.

A ambição de Lynx só aumenta após esses eventos, e agora, ele almeja uma troca de corpos com Serge, para que finalmente, possa conseguir o artefato almejado por todos. Serge finalmente decide enfrentar Lynx, e se aventura em seu castelo, chamado de Fort Dragonia. Lá tudo o que ele sonhará no começo, se torna real, e tudo começa a fazer sentido. Algumas batalhas são feitas, e na parte final do castelo, Lynx o espera para a troca de corpos. Você enfrenta Lynx, que parece se render, mais o Frozen Flame, ainda intocável por Lynx, reage para salvar Serge, e então, a troca de corpos acontece.

Lynx (agora no corpo de Serge) esfaqueia Kid, que cai em um rio, e agora, a busca de Serge (no corpo de Lynx) passa a ser pelo artefato, que pode levar o mundo a destruição por Lavos mais uma vez, e pelo seu corpo roubado por Lynx.

Sei que me estendi um pouco na história, mais por se tratar de um enredo de complexidade extrema, algumas coisas não poderiam ser deixadas de lado (mesmo alguns Spoillers).

Enfim, saindo um pouco da história, falemos agora da jogabilidade. O jogo nesse aspecto é perfeito, na minha opinião, ele conta com o bom e velho sistema de turnos. E também conta com um sistema de combos muito legal, onde temos ataques de nível 1,2 e 3, com uma porcentagem de acerto de cada um, quanto mais forte o ataque é, menos porcentagem de acerto temos, sendo possível realizarmos até 6 ataques diferentes de um mesmo personagem em uma mesma rodada, dependendo apenas, da força do ataque que você escolhe.

A novidade, fica por conta das batalhas não aleatórias, os monstros de Chrono Cross, podem ser vistos no local, dando a opção ao jogador de enfrenta-los ou não, evitando muitos aborrecimentos quando você está com pressa de chegar em algum lugar por exemplo. Também temos o sistema de elementos no game, existem elementos de 6 cores diferentes (Branco, preto, amarelo, verde, azul e vermelho) cada personagem tem seu próprio Innate, mas, sendo possível equipar outras cores nele também. O jogo possui 45 personagens jogáveis, cada um tem suas magias “assinaturas”, que são conseguidas conforme abrimos as barras de elementos, que vão de nível 1, até nível 8, quanto mais alto o nível, mais forte a magia é obviamente. As magias de cada personagens, são de nível 3, 5 e 7, algumas conseguidas no decorrer da história, já outras, somente realizando alguns eventos especiais no game. Também é possível realizar ataques em duplas em Chrono Cross (assim como em Chrono Trigger) ,dependendo dos personagens que estão no seu grupo, combinações de ataques e magias podem ser feitas, e diga-se de passagem, são os maiores damages do game.

O jogo também possui o sistema de Element Field (campo elemental), onde se o campo, estiver totalmente da cor do elemento de um personagem, seus ataques, e magias da mesma cor se tornam mais fortes, sendo possível também, usar as magias invocações de cada elemento, que variam, entre sapo, salamandra, unicórnio, dentre outrasinvocações, que por sinal, são as magias mais fortes do game.

A parte gráfica do game, é de encher os olhos, levou o PlayStation a sua potencia máxima em gráficos, foi um misto de cenários em 2D, com personagens em 3D, tudo isso, com cenários extremamente coloridos, com personagens absurdamente carismáticos e bem detalhados, ao estilo manga, e no final, tudo isso deu muito certo.O game possui cenas CGs maravilhosas também, que cada vez mais ficam alucinantes e envolventes, favorecendo e muito a afinidade com o game. As magias inicialmente são bem simples, mais com o passar do tempo, você vai adquirindo elementos mais fortes, e muito mais bonitos de ver, se tornam aqueles tipo de magias que você para e pensa “Nossa, da hora hein”.

Cenários maravilhosos, magias extremamente bonitas, e efeitos surreais nas batalhas, é só o que se poder falar sobre o gráfico do jogo, um dos melhores gráficos de PS1 sem dúvidas, se não o melhor.

A trilha sonora é de emocionar, feita por Nobuo Uematsu e Yasunori Mitsuda, foi o ápice do game, se encaixaram perfeitamente nas cenas e situações em que as músicas se aplicam, sendo por vezes, tão envolventes, que nos fazem parar por alguns minutos, apenas para ouvi-las. Tudo isso será notado logo na abertura do game, pois só de ouvir a introdução, sua vontade de jogar é dobrada. Também foram mantidas trilhas sonoras originais de Chrono Trigger, apenas com alguns arranjos diferentes, a música, de quando se ganha uma batalha por exemplo, é a mesma, você notará isso logo em sua primeira batalha com sucesso. Se você já jogou Chrono Trigger como eu, se emocionará ao ouvir essa musiquinha novamente (aconteceu comigo, hehe). A trilha sonora, fez tamanho suceeso no japão, que foram lançados, 3 discos de Soundtracks originais de Chrono Cross.

Chrono Cross, é uma obra prima da Squaresoft (atual SquareEnix) com gráficos bons demais para sua geração, jogabilidade perfeita, personagens bastante carismáticos, 8 finais diferentes e uma história extremamente empolgante e envolvente, se tornou o melhor game que já joguei (sim, estou generalizando consoles, e gêneros). Se você jogou Chrono Trigger, e se encantou com a história daquele jovem que viajava pelo tempo, tentando evitar a destruição do planeta, se encante também com a história de Chrono Cross, de um outro jovem, que viaja entre dimensões, tentando evitar uma destruição tão grande quanto a de seu antecessor.

Avaliação:

Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 10 ( zerei apenas 14 vezes, hehe)
Enredo: 10

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Nota Final: 10

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Comentário Final: Como já disse antes, e não me canso de repetir, o melhor game que já joguei, considero tudo o que tem nele perfeito, sem tirar nem por. Enfim, se você é fã de RPGs assim como eu, Chrono Cross é um título extremamente obrigatório.

Pontos Fortes: Enredo muito envolvente, gráficos lindos, trilha sonora maravilhosa, jogabilidade perfeita, e 8 finais diferentes. O jogo também conta com um New Game +, onde você pode começar tudo de novo, mas com tudo o que tinha no game anterior, e com a possibilidade de pegar novos personagens e fazer novas escolhas, que podem vir a alterar levemente o curso da história.

Pontos Fracos: Não considero isso como um ponto fraco, mas, a complexidade da história exige que você zere o jogo algumas vezes para entende-la por completo, e se você não jogou Chrono Trigger, ficará boiando em algumas coisas, pois apesar de a história parecer diferente da de seu antecessor, muitas coisas são explicadas no meio do game, que as tornam extremamente ligadas.


Vìdeo:


4 comentários:

Anônimo disse...

Fechou 14 vezes,você realmente viciou nesse jogo.O máximo que consegui fechar o mesmo jogo foi 3 vezes.Um jogo que eu joguei muito mesmo quando era bem pequeno foi o Dino Crisis 2,que também é pro PS1.Sobre a review,contou muito bem sobre o enredo do jogo.Ótima review como todas desse blog!!!

LuuisOrdonio disse...

Opa, vlw Léo ^^
Dino Crisis do PS1, nunca cheguei a jogar, mais sempre ouvi maravilhas desse game. Agora Chrono Cross, pra mim não tem comparação, zerar 14 vezes ainda é pouco, pois todo dia que não tenho nada pra fazer, coloco ele e zero ^^
E é sempre divertido.

Anônimo disse...

Muitas vezes eu faço isso também.Quando não tem nada pra fazer eu corro pra jogar um jogo antigo.Eu não tenho mais PS1 pra jogar meu Dino Crisis 2,mas eu corro pro Metal Gear Solid 3 de PS2 ou eu vou jogar Road Rash no meu emulador de PS1.Infelizmente tive que formatar meu PC e perdi minha ISO do Dino Crisis mas to a procura dele na net.O grande problema é que eu não acho em lugar algum!!!

Anônimo disse...

Jogo Chrono a 4 anos com essa agora to indo pro 21° final xD
Virei com os 11 finais diferentes
salvei a Schala 2 vezes e não canço de jogar veio (: