domingo, 24 de janeiro de 2010

Review: Borderlands (PC)

Review: Borderlands (2009, PC)

Não é a primeira vez que um gênero FPS é fundido com elementos de RPG, outros jogos de sucesso já utilizam esta mistura a um bom tempo, na maioria das vezes obtendo muito sucesso como por exemplo o recente Fallout 3 que contem todos os elementos para um jogo shooter de sucesso e mais as características mais comuns em um RPG, como um vasto mundo a ser explorado, sistema refinado de level’s, atributos e skills, alem de uma variedade incrível de itens escondidos ou dropados por monstros e muitos segredos e lugares secretos, assim defino um bom FPS/RPG e assim defino Borderlands.

Borderlands tem uma história relativamente praça para um RPG mas bem aceitável para um FPS. Você encarna na pele de um dos quatro personagens jogáveis e entra em um cenário pós apocalíptico no planeta chamado Pandora em busca da “Vault” um local proibido para os humanos que abriga muitos mistérios e tesouros raros como riquezas alienígenas. Sendo guiado por uma mulher que te manda mensagens de vídeo te orientando nas sua missão principal. Um enredo fraco que raramente vai te envolver ou lhe prender ao game.

A parte mais maarcante do jogo sem duvida são os gráficos em um estilo nunca visto antes (pelo menos não em um jogo FPS nem com tanta qualidade), o estilo meio cell-shading meio 3D chama muita atenção, principalmente para quem procura uma novidade nos jogos do estilo (caso misturar o gênero junto ao do RPG não seja suficiente). E pra quem pensa que por gráficos neste estilo geralmente usado em jogos infantis ou mais comuns em jogos baseados em animes,desenhos e hqs o jogo é mais “leve” (em relação a violência) esta enganado pois o jogo é extremamente violento, a cada inimigo que você mata usando uma arma de grande poder de fogo (como uma shotgun ou uma bazuca) você ira notar pedaços de inimigos voando para todos os lados, e um sutil tiro com uma pistola ou uma arma mais leve como uma SMG direto na cabeça nos proporciona uma bela visão de jatos de sangue jorrando como uma fonte dos corpos de nossos inimigos.

A sonorização do jogo também não fica para traz e encaixa perfeitamente com a violentíssima parte gráfica do jogo. Cada uma das centenas de inimigos e suas variações recebem uma ou mais dublagens extremamente bem feitas. São sons de aranhas que saem da terra, insetos, monstros que rasgam os céus, humanos que partem para cima de você sem ter o que perder ou utilizam potentes armas para te eliminar, animais, guardiões místicos (que são uma mistura de fadas com robôs), e os gigantescos mestres que você encontra ao longo do jogo que lembram muito os colossus do jogo Shadow of the Colossus por seus tamanhos absurdos, alem de outras infinidades de criaturas como humanos sobreviventes que cumprem o papel dos NPC’s Juno com os simpáticos e bem humorados robôs “Claptrap” encontradas em um planeta totalmente devastado e vasto.

Para cobrir o fraco enredo, o jogo possui um total de cento e quatorze subquests (sem contar as cinqüenta e seis main quests necessárias para concluir o jogo), subquests essas que aproximam mais ainda o jogo do gênero RPG por possuir uma grande variedade de objetivos que variam conforme a cidade ou o npc á qual foram aceitas, são pessoas que necessitam ser resgatadas, mensagens que precisam ser entregues, ordas de monstros que precisam ser derrotados, peças e itens encontráveis e até o resgate dos inofensivos claptraps. Todas estas quests te recompensam com experiência, dinheiro e em alguns casos até poderosas armas. Isso sem contar as centenas de collectibles e trophies que o jogo trás.

Outro ponto que lembra muito os RPG’s é o sistema de level, que evolui conforme você mata determinadas criaturas ou completa quests adquirindo experiência. O jogo limita seu lv Maximo ao cinqüenta. A partir do lv cinco você pode evoluir suas skills especias, cada personagem possui suas skills únicas divididas entre suas classes, como o poder da representante da magia Lillith que pode ficar invisível ou o nosso soldado Roland que auxilia um time inteiro criando um escudo imprescindível para as horas de apuro em que a super força de Brick e a precisão de Mordecai são inúteis. As skills de cada personagem são fundamentais, tanto para o modo Single Player que utiliza um pouco mais de estratégia, como no modo multiplayer onde combinadas as skills podem facilitar e muito o jogo.

O modo multiplyer é mais um dos pontos positivos que o game possue, você pode entrar na network da gamespy de graça e criar um sala para jogar com até quatro amigos ou outros jogadores ao redor do mundo. Neste modo alem de poder realizar as quests junto com os jogadores que estão na tela, você pode caçar monstros em busca de melhores equipamentos e experiência e até duelar em um combate até a morte o com seus “amigos”.

Outro sistema que merece ser citado é o sistema de reencarnação, que funciona como na maioria dos FPS’s onde ao morrer você retorna ao ultimo checkpoint pagando determinada pena (no caso de Borderlands uma quantia em dinheiro que varia com o modo com qual você morreu, seu level e o que lhe matou). Alem deste sistema o jogo ainda traz a novidade “Second Wind”, que entra em ação a partir do momento em que seu sangue chega a zero. Enquanto seu personagem agoniza, uma barra marcando seu tempo restante de vida é ativada, caso você consiga matar um inimigo enquanto este tempo corre você recebe forças e se levanta com a barra de shield e de HP parcialmente recuperadas para buscar vingança sobre aqueles que te mataram.

O jogo ainda possue milhares de armas variadas com características e atributos divididos nas oito categorias de armas (pistolas, pistolas automáticas, shotguns, bazucas, smg’s, metralhadoras de grosso calibre, rifles e até raras armas alienígenas). Os atributos das armas alem de variar na parte física da arma (como maior precisão, maior dano...) podem variar no tipo que é misturado com diversos elementos (como fogo, veneno, eletricidade, explosivos...) que podem causar maior dano dependendo da raça do inimigo combatido. Alem das armas o jogo ainda traz escudos, itens para recuperar sangue, tipos variados de granadas e até equipamentos para alterar as skills de seu personagem. Todos estes itens podem ser obtidos através de monstros, recebidos como premio de quests ou comprados nas diversas “maquinas” (que lembram muito as maquinas de refrigerante) espalhadas pelo planeta. Ainda falando dos itens e equipamentos, o jogo traz a possibilidade de dirigir um carro que pode ser encontrado em qualquer checkpoint ajudando muito na hora de percorrer os grandes desertos e terrenos lotados de inimigos.

Mesmo com seu enredo fraco e clichê Borderlands é um dos melhores jogos de FPS da história por inovar mais e por conseguir ser tão viciante, num gênero que vem sido cada vez mais popularizado dentro da nova geração e que vem cada vez mais forte no mercado.



Avaliação:
Gráficos:
10
Jogabilidade: 10
Som: 9
Diversão: 8
Replay: 8,5
Enredo: 7
-
Nota Final: 9
-
Comentário final:
O melhor e mais viciante fps da atualidade inovando mais uma vez o mercado de games.

Pontos fortes: Graficos surpreendentes, variedade absurda de equipamentos-monstros-mapas-Subquests...

Pontos fracos: Enredo fraco, pouca variedade de customização da aparência do personagem.

Video:

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece ser um jogão.Esse tá na minha lista.E parabéns pela review,tá excelente.