sábado, 23 de janeiro de 2010

Especial: Pirataria - Será que vale mesmo a pena?

Fala galera! Tudo certinho com vocês?

Estreando a sessão de "Especiais" do blog, decidi falar de um tema muito polêmico se tratando do mercado de games especificamente, e que vocês provavelmente já leram em algum outro lugar.

Pois é, é um tema bastante abordado em praticamente todo tipo de mídia referente à games, seja impressa ou digital, mas é sempre bom ver outro ponto de vista do assunto. Óbviamente, não viso mudar a opinião de ninguém com esse post e nem impor nada, pois é um assunto bem peculiar sobre um tema provavelmente sem solução; nada que se diga aqui vai ter valor efetivo no assunto.

Enfim, chega de papo, vamos começar!

Pirataria - Será que vale mesmo a pena?



Como não é mistério para ninguém, o enorme sucesso do PlayStation e do PlayStation 2, pelo menos no Brasil, deu-se ao fato de que ambos os consoles contavam (e ainda contam) com um grande mercado negro por trás da venda de jogos. Vamos recapitular, e analisar a situação do mercado na época da batalha PS1 x N64, batalha essa que custou a liderança da Nintendo no mercado de consoles.

Na época, o PlayStation, responsável por introduzir a Sony no mercado de video games, foi lançado com a nova tecnologia de jogos gravados em CDs ao invés de cartuchos. A Nintendo, desacreditando que essa tecnologia fosse durar por muito tempo, decidiu permanecer com as boas e velhas fitas, erro esse que custou caro para a empresa. Em diversos aspectos, os CDs eram mais desenvolvidos do que os cartuchos, o que tornava a segunda uma tecnologia obsoleta.

Além da capacidade superior de armazenamento e etc., o CD tinha outra característica importante (principalmente para esse texto): Era facilmente copiado. Dessa forma, você podia simplesmente comprar uma mídia virgem por um preço baixíssimo, gravar diversas cópias de um jogo e vendê-las a preço de banana, que ainda teria lucro, as pessoas teriam um game por um preço baixo e todo mundo sairía feliz. Enquanto isso, "do outro lado da força", os cartuchos do Nintendo 64 eram muito complicados de se copiar e mesmo assim precisavam que certas "gambiarras" fossem feitas com o console para que funcionassem, enquanto os originais eram vendidos por preços abusivos (lembrem-se que estamos sempre considerando o mercado brasileiro).

Sendo assim, um felizardo que possuísse um PS1 tinha acesso à uma variedade de jogos muito maior do que ele teria caso possuísse um Nintendo 64. Mas... será que valia a pena mesmo?

Normalmente, a reação das pessoas à essa pergunta é: "Não seja tolo! Óbviamente valia a pena. Com o preço de uma fita, era possível comprar uns 15 jogos piratas! Assim, podíamos jogar muito mais jogos!"

Mas é aí que o problema se econtra: Quanto mais jogos você tem, menos você os aproveita. Isso é algo bem óbvio, e que pode ser exemplificado muito facilmente, veja bem:

Suponhamos que você tenha vinte títulos para o seu PS1, enquanto seu colega tem apenas 5 para o Nintendo 64 dele.

Agora suponhamos que você esteja jogando seu recém-adquirido Resident Evil 2. Você está lá, feliz e saltitante passeando alegremente com Claire Redfield por Raccoon City, quando de repente... você empaca. Já tentou tudo o que podia, e nada de conseguir progredir. Como estamos falando de um tempo arcaico, não há internet para procurar detonados. Qual a atitude da maioria das pessoas diante essa situação? Trocar de jogo. Simples assim. Afinal, você tem mais 19 títulos à sua disposição, certo? E outra, esse jogo custou apenas 5 mízeros reais mesmo.

Mas, e quanto ao seu amigo "desatualizado", que possui o antiquado Nintendo 64, que ainda utiliza fitas caras e tem poucos jogos?

Suponhamos que ele também tenha comprado o Resident Evil 2 para o console dele recentemente. Ele também estava dando o mesmo passeio saltitante, com a mesma Claire, pela mesma Raccoon City, quando, de repente... empaca no mesmo lugar. Nessa situação, qual seria a atitude deste nosso amigo? Trocar de fita? Não! Ele simplesmente iria se esforçar pelo menos vinte vezes mais do que você para poder desempacar! Porque, afinal, ele só tem mais quatro opções de jogos, e todos eles já foram terminados com todos os extras possíveis e imagináveis. Como ele sabe que foi muito caro comprar aquela fita, ele a aproveita ao máximo que pode, jogando "até o caroço" do jogo. Zera, reinicia, zera de novo, completa todos os extras, procura todos os segredos, decora o jogo inteiro. E faz isso com todos os títulos que possui (e muitas vezes até mesmo com os títulos que alugou).

Não satisfeito, ainda te apresento outra situação muito comum da época:

Agora, suponhamos que entre os outros 19 CDs do seu PS1, você se depare com um jogo que, após jogar os cinco primeiros minutos do game, não lhe agrada. Basicamente o jogo é uma droga (sim, pois todo console é abarrotado de porcarias, e com o "menino de ouro" do PS1 não era diferente). O que você faz? Simplesmente o descarta. Joga fora, deixa no fundo do porta CDs, tanto faz. O fato é que nunca mais vai jogar o game de novo. Sim, porque você sabe que não pagou quase nada por esse jogo, e que em breve vai comprar mais uma dúzia de games novos, então esse não faz diferença nenhuma.

Agora, imaginemos que seu amigo do Nintendo 64, que acabou de fazer tudo o que há para se fazer e mais um pouco em Resident Evil 2 (enquanto você ainda está empacado, pois nunca mais tentou jogar de novo), ganhou uma fita nova de sua mãe. Eba, que alegria, agora ele tem 6 jogos! Mas... imaginemos que este jogo não seja tão bom assim. O que ele faz? Joga fora? Guarda na gaveta e nunca mais abre? Nem pensar! Por pior que o jogo seja, pode ter certeza que seu amigo vai jogá-lo até o fim. Duas vezes.

Não sei se deu para entender o que eu quis dizer. Apesar de aparentar ser uma vantagem, a pirataria não é algo tão bom como aparenta. Claro, às vezes, tem suas vantagens, pois pagando barato em algum jogo, às vezes você tem acesso à alguns títulos "obscuros" que você nunca compraria original por exemplo, mas mesmo assim, são poucas quando colocadas na balança. Com um jogo pirata, você não aproveita totalmente o game, é mais propício à abandoná-lo e não incentiva o mercado de jogos (incentivo esse responsável por grandes problemas atualmente, volto a falar disso mais tarde).

Com o lançamento do PlayStation 2, foi a mesma coisa. Rapidamente, descobriram como "destravar" o console (o que não era necessário no PS1) e a enxurrada de jogos piratas começou. Enquanto isso, a próxima cartada da Nitnendo, o GameCube, permanecia "travado" e na mesma situação de seu antecessor, o 64. Não preciso me alongar muito nesse caso, pois a situação é a mesma da descrita anteriormente; pode ter certeza que seus poucos amigos que tiveram um GameCube aproveitaram muito mais seus jogos do que você com seu PlayStation 2. Mas você provavelmente nunca nem chegou a jogar em um GameCube de fato, pois todos os seus amigos tinham o video game da moda, o "prei dois", e jogavam "uinimg elévem" todo dia (óbviamente estou generalizando. Mas vai negar que a maioria do público do PS2 era assim?), enquanto mal sabiam o que era um GC. Pois eu te digo: perderam a chance de conhecer um exelênte console, fadado ao fracasso como seu predecessor. E tudo por quê? Por causa da pirataria.

Mas aí você vem e me diz: "Mas Matt, você está falando de consoles antigos! Hoje em dia não é mais assim!"

... Ok, ninguém viria me falar isso, mas vou completar minha suposição mesmo assim.

Hoje em dia, a situação é basicamente a mesma. Enquanto um console da nova geração permanece apenas com jogos originais, os outros estão todos "destravados", rodando jogos piratas pelo país todo. Surpreendentemente, o console "travado" da vez é da mesma Sony que se consagrou em território nacional graças à pirataria.

Apesar do PS3 não ser um console tão bom quanto a concorrência, não vou entrar nesse mérito para não começar uma discussão desnecessária com gente que não entende que essa é a minha opinião. Mas enfim, o que quero dizer é que os proprietários de um PS3 aproveitam seus poucos jogos da mesma maneira que os felizardos donos de um Nintendo 64 ou um Nintendo GameCube faziam na época. Apesar de terem poucos títulos, os aproveitam ao máximo, por piores que sejam, pois sabem que não é fácil conseguir dinheiro para adquirir outro (claro que estou falando de gente comum, não dessas pessoas que não tem onde enfiar dinheiro e saem comprando tudo quanto é jogo que vêem na frente).

Aliás, atualmente é até um pouco melhor, pois com a internet e a grande quantidade de blogs, sites, revistas eletrônicas, revistas impressas e afins, é muito mais fácil filtrar o conteúdo que seu video game pode receber, o que torna mais difícil a compra de um jogo ruim por alguém que pesquise antes de adquirir um título.

Enquanto isso, os proprietários de um Wii ou de um XBOX360 passam pela mesma situação de que os antigos proprietários de um PS1 ou um PS2 (aliás, curiosamente, público atual do X360 é formado, em sua maioria, o por pessoas que possuíam um PS1/2).

No Wii, o caso é um pouco mais grave. Devido à proposta inicial do console ser um pouco diferente, o mercado de jogos para o console ficou rapidamente saturado de joguinhos de esporte com aspecto bobo. Infelizmente, isso manchou um pouco a imagem do console, dando à impressão de que o mesmo só possui jogos infantis ou de esporte, com gráficos toscos de "bonecos cabeçudos". O problema é que isso não é e nunca foi verdade. Simplesmente, este tipo de jogo é mais fácil de se fazer e, acreditem, dá mais dinheiro.

Agora você pode me dizer: "Mas Matt, você é louco? Como é que um jogo no estilo 'My Horse And Me' pode vender mais do que um jogo insano como MadWorld??"



Agora sim, isso sim é algo que alguém pode vir me dizer!!!

... Enfim, voltando à pergunta, eu lhe respondo: É simples, meu caro. O público do Wii vive clamando por jogos mais "maduros", os chamados "jogos hardcore" (denominação porca essa, mas isso é tema para outro especial), mas quando as empresas atendem à esses pedidos e lançam os tais "jogos maduros", o que esse mesmo público faz? Corre para a internet para baixar o jogo por torrent ou para o camelô para comprar pirata! Resultado: o tão esperado e bem aceito por crítica e público MadWorld não vendeu praticamente nada.

Comprando um jogo pirata, você tira o único incentivo da empresa que produz o game: o lucro. Ela não liga se o jogo é bom, se é um clássico ou se ele te deixa feliz; ela liga pro retorno que ele dá financeiramente. Se Final Fantasy vende, eles vão fazer mais Final Fantasy. Se Mario vende, eles vão fazer mais Mario. Se MadWorld não vende, eles não vão fazer mais MadWorld. Se My Horse And Me vende, eles vão sim fazer mais My Horse And Me, e em quantidade muito maior do que Mario ou Final Fantasy.

Aí você pergunta: "Mas como My Horse And Me vende mais que MadWorld? O jogo é uma bosta!"

E eu te responto novamente que é simples, meu caro. O tipo de público que compra My Horse And Me geralmente adquire seus video games em shoppings ou este tipo de loja autorizada, e alguns nem mesmo sabem que o Wii possui jogos piratas. Consequentemente estes jogos são comprados originais. Como o público que compra MadWorld decidiu optar por baixar o game, consequentemente ele vai vender menos cópias originais, e isso é óbvio.

Agora me responda você, caro leitor, o que você acha que é mais barato de se produzir? My Horse And Me ou MadWorld? Óbviamente, você respondeu o joguinho do cavalinho. E se o joguinho do cavalinho dá mais dinheiro do que o joguinho do moço que corta a cabeça dos outros, e ainda é muito mais barato de se produzir, qual você acha que vai ser a opção pra próximo título das produtoras? Lembre-se que eles estão pouco se lixando pra qual é melhor, eles querem é dinheiro!

Acho que me fiz entender. No final das contas, pirateando os jogos, acabamos prejudicando a nós mesmos, pois as produtoras se sentem menos motivadas a fazer jogos de qualidade, e com razão.

Não vou fingir que vivemos em uma utopia e fechar os olhos para a realidade. Sei que jogos originais estão fora do padrão aquisitivo de grande parte da população, e que pagar mais de 200 reais em um jogo está fora de cogitação. Mas... Convenhamos, todos nós sabemos que video games, principalmente os da nova geração, são objetos para pessoas com um nível de poder aquisitivo mais alto. Todos temos consciência disso, e não acho justo com os outros destruírmos todo um mercado simplesmente por comprarmos algo que não podemos manter.

Sobre o preço abusivo dos jogos, vamos tomar como exemplo o PS3. Em seu lançamento, os jogos custavam mais de 200 reais. Hoje, como não há opções "alternativas", todos os proprietários devem recorrer aos jogos originais, o que aumenta a procura e, consequentemente... Abaixa o preço. É muito fácil hoje em dia achar títulos de qualidade como Metal Gear Solid 4 pela bagatela de 100 reais. Agora, me responda, por quê um jogo gravado em Blu-Ray pode custar menos de 100 reais, enquanto outro gravado em DVD custa 250? Sim, pois esse é o preço médio do novo jogo do Mario para Nintendo Wii, na mesma loja em que os jogos de PS3 custam uma média de 100~150 reais.

Creio que o motivo seja óbvio.

Enfim, está na hora de pararmos e pensarmos: Vale mesmo a pena termos jogos piratas? Pois, como podemos ver, geralmente não aproveitamos jogos piratas do mesmo jeito que aproveitaríamos caso fossem originais, e ainda destruímos toda uma indústria com isso.

Sei que muitos de nós pensam "mas só eu não vou fazer a diferença." Isso é pensamento coletivo e errôneo, diga-se de passagem, mas não quero entrar nesse assunto. Vamos pegar só por esse lado: Se você não matar ninguém, isso não impede que outras pessoas matem. Já que não faz diferença, por quê não matar?

Vale mesmo a pena?

Sei que peguei um exemplo extremista, e eu odeio fazer isso. Mas dá pra ter uma noção da coisa, certo?

Enfim, para um texto que foi iniciado às 3h55 da manhã e finalizado às 5h44, acho que me alonguei bastante no assunto.

Mas de qualquer modo, gostaria de saber a opinião de vocês sobre o assunto! Comentem, vamos debater! Aqui é um espaço livre, e nós estamos sempre abertos para ouvir o que você têm a dizer, por mais absurdo que seja.

Bom gente, por hoje é só. Em breve devo aparecer com mais conteúdo para o blog.


See ya!

23 comentários:

Crystal ~ disse...

uau, depois dessa fui correndo comprar esse My Horse & Me, me interessei. ç__ç -N

Tá, sério. Eu não me encaixo no começo ali das pessoas ki por terem vários jogos piratas pra jogar abandonam todos no meio e não aproveitam, se o jogo me envolver eu continuo até o fim e faço tudo o ki der nele. u_ú E além de tudo isso eu sou pobre e não teria nunca condições de manter uma coleção de jogos originais, daí nunca posso tirar a razão da pirataria. :( Embora não tire a razão também do Dufim quanto a talvez não valer tanto a pena... @_@ Bom, vamos todos ficar ricos e pronto. \ô/ *comentário mais podre do blog*

Matt Harrison disse...

É, existem pessoas que realment enão se encaixam naquele modelo de "abandonadores de jogos pela metade". Eu mesmo não me aplico nesse perfil também.

Mas foi uma generalização. Apesar de algumas pessoas como eu ou você serem assim, devemos lembrar que a maioria não é, e vivem abandonando jogos muito bons pela metade, simplesmente por "empacaram" ou não irem com a cara do jogo no começo.

Quanto à situação financeira, entendo o seu ponto de vista. Para muitos de nós, a pirataria é o único recurso viável para termos um video game, mas isso não significa que ela seja a melhor opção. É isso que eu tento mostrar com o texto. :)

Anônimo disse...

Falou tudo,parabéns.Realmente,eu com um XBox 360 mais 4 jogos originais to curtindo muito mais do que meu PS2 com 60 jogos piratas,sendo que dos 60,deixei de lado uns 15 por causa de encalhar em alguma parte.Eu estou fechando meu Gears of War pela segunda vez e pretendo conquistar todas as conquistas de todos os meus jogos.É como uma frase que eu vi sobre os jogos do 360:jogos bons são jogos zerados,e jogos zerados são 1000/1000.

Matt Harrison disse...

É bem esse o espírito do texto, Léo!

Você entendeu bem a idéia que eu quis passar. Claro que existem pessoas que, como a Crys, se esforçam para fazer 100% em jogos mesmo que sejam piratas, mas são muito poucas em relação ao total de jogadores.

LuuisOrdonio disse...

Parabéns mesmo pelo texto cara, gostei muito. tá excelente ;]
então, acredito não me encaixar nesse perfil de "abandonadores de jogo pela metade" mais que a maioria se encaixa, isso é fato. Com certeza prefiro jogos originais, os poucos que tive, fiz 100%, porém meu salário atual não os manteria (Doofie sabe bem disso, huehuehue) por isso infelizmente, tenho que recorrer a jogos piratas, mas, ainda sim, sempre procuro fazer tudo o que há pra fazer em todos, pois acredito que só assim se aproveita um game de verdade :]

Matt Harrison disse...

Na verdade Luis, com um salário como o nosso, é completamente possível manter um video game apenas com jogos originais.

Basta comprar, por exemplo, um título a cada dois meses. Com o pouco tempo livre que temos, 2 meses é mais do que suficiente para aproveitarmos completamente um título e partirmos para um novo.

E se utilizarmos de métodos de importação por exemplo, em que os jogos saem muito mais baratos, é possível adquirir títulos por um preço que não agrida tanto o nosso bolso.

Basta ter vontade.

Unknown disse...

Parabéns Doofie, um ótimo texto!

Hehe, nunca tinha visto a pirataria por esse lado. Acho que talvez seja por isso que os donos de consoles que tem jogos piratas (PS2, por exemplo) "enjooam" rápido de seu console, e obviamente dos seus jogos também!

É cara, como seu próprio texto diz, acho que isso e uma questão de valorização do jogo, porque se você paga caro nele, você vai valoriza-lo, e se pagar 5 $ (ou até 1 $ se você baixar da internet) não vai ligar se aquele jogo for ruim, fora das suas expectativas! E isso ainda prejudica nossos sensos de pesquisa, porque vemos um qualquer lançamento que sai por ai e ja baixamos para "testar", e se fosse-mos comprar um original, claro, iriamos fazer inúmeras pesquisas e análises sobre os titulos.

Repetidamente, te dou meus parabéns por esse texto, e por ter essa "visão" do que a pirataria pode causar!

Godiles disse...

tirando o puxa saquismo em excesso pra nintendo (a parte que voce sitou o ps3 e disse que o wii é melhor realmente me desepsionou muito, totalmente desnecessario e infantil)

o texto ficou realmente ótimo (a maioroa dos exemplos e de frases que voce citou ja tinha escutado de voce mesmo =P)

ps: tambem sou um dos gamers que fazem 100% num jogo mesmo sendo pirata...

Diego disse...

curti bastante mano! Parabens pelo excelente artigo!

Sinceramente nunca tinha visto por esse lado, nunca fui um "abandonador de jogos pela metade" mas qdo vc tem poucas opções, é inegavel que vc tira o max proveito do jogo, eu era mto assim nos tempos de gameboy color, qdo só tinha pokemon!
OQ ferra mtas vezes é o preço né =X

Matt Harrison disse...

"tirando o puxa saquismo em excesso pra nintendo (a parte que voce sitou o ps3 e disse que o wii é melhor realmente me desepsionou muito, totalmente desnecessario e infantil)"

Aquilo foi em nome do humor. Desculpe se ofendi alguém, foi mais para dar uma descontraída.

Como eu mesmo completei após a frase, é questão de opinião minha. Eu acho o Wii melhor, mas respeito quem acha o PS3 superior, apesar de descordar (e ter meus argumentos quanto à isso, mas aí já é assunto para outro dia e quem sabe outro artigo).

Godiles disse...

o que voce não citou no texto foi a colaboração que deu para a divulgação do videogame no Brasil, antigamente no tempo do SNES,Mega Drive os videogames éram bem menos populares e existia um publico alvo menos abrangente, provavelmente os videogames estão gerando cada vez mais fãs pelos Brasil graças a pirataria e o facil acesso que isso traz para nos.

;*

Matt Harrison disse...

Olha, sinceramente, não acho que os video games eram menos populares na época do SNES e do Mega Drive, tanto que muitos jogos ganhavam comerciais para TV e revistas, e até mesmo o próprio console tinha essa divulgação, coisa que só voltamos a ver na geração atual, com o Wii e o DS (que possuem várias propagandas, a maioria transmitida apenas por meio de canais pagos).

E é muito difícil achar alguém que tenha por volta de 30 anos que não teve um video game da geração SNES.

Além disso, vale lembrar que o SNES também possuía muita pirataria.

Mas enfim, é inegável o fato de que o PS1 e o PS2 ajudaram aidna mais a popularização dos video games no mercado nacional, mas foi nessa mesma geração do PS2 que as empresas deixaram de dar um suporte ao país.

Um exemplo disso pode ser tirado dos manuais em português, que ficaram muito mais escassos nessa época, e só voltaram atualmente (a maioria no DS). Creio eu que a pirataria tenha sua parcela de culpa nessa história.

Godiles disse...

concluindo.
A pirataria não é algo bom, mas não chega a ser um monstro horrendo, ela tambem tem seus (pequenos) pontos positivos...

...

chega [=

Matt Harrison disse...

Resumiu tudo nessa frase.

A pirataria é sim o maior vilão da indústria de games, mas ela tem alguns (poucos) méritos positivos.

Unknown disse...

Certo, a pirataria está aí para quebrar a indústria, mas vejamos pelo outro lado. No meu caso (e aposto que em muitos por aqui), sou um jogador "analista e apreciador", o que me faz tomar gostos por todos (ou quase todos) os jogos pelo qual passam por minhas mãos. Entretanto, não tenho poder aquisitivo para buscar sempre os jogos. Vale lembrar que os melhores jogos possuem os maiores preços, como já explicado ali com o Mario Bros. Wii. Ainda mais no meu caso, onde eu adoro pegar títulos de estréia. Eu realmente odeio produtos piratas, mas vivendo numa sociedade capitalista subordinada à um país de 1º mundo (sim, Estados Unidos), não há a menor possibilidade de se comprar um jogo e ficar pagando em 12x até poder comprar outro (lembrando que meu salário no estágio é curto e tenho contas demais a pagar). Ah sim, e falando nisso, os consoles são tão absurdamente caros quanto os jogos. Digamos que, um dólar seja um real. Nos EUA, um Xbox 360 Elite atualmente se encontra na faixa de 299$ enquanto aqui, uns 1700$, no mínimo. Infelizmente isso não acontece apenas com os jogos, mas com toda a boa tecnologia em geral. Saindo da parte de games, vamos apontar a arma para um MacBook. Uma pesquisa feita descobriu que o que pagamos por um MacBook com tela 15" é o mesmo que se pagaria por DOIS MacBooks de mesma tela e configuração nos EUA. ATÉ A ÁFRICA TEM O MACBOOK MAIS BARATO QUE O BRASIL! Aí agora voltemos para a questão política/econômica. Seria isso porque eles querem abusar de nossos bolsos? Bom, tecnicamente sim.

Mas é como o Godiles disse: tem suas vantagens.
Admitam que se não fosse a pirataria, nós talvez jamais teríamos uma gama gigantesca de jogos que provavelmente nunca veríamos aqui no Brasil, e jogos bons, diga-se de passagem. Ou que talvez, esses mesmos jogos, apenas encontrados em sites como Ebay, custassem o olho da cara (ou talvez a cabeça inteira).

Devemos nos policiar saber o que queremos e o que é bom para nós mesmos. Uma coleção de 30 jogos embalados em sacos plásticos e com um encarte imprimida numa Epson de 199 reais comprada na Ponto Frio não substitui uma coleção de 7 jogos com capa original e manuais, independente do preço.

Unknown disse...

(voltando a falar) Em se tratando de jogos que talvez um mero mortal jamais poderia possuir além do apelo à pirataria, eu tenho um exemplo vivo (eu) disso.
Eu comprei um Nokia N-GAGE há uns anos atrás. Embora todos digam que ele é a pior pérola dos games, que é um lixo e tudo mais. Aliás, eu discordo disso. Tá, certo que ele possui pouquíssimos (pouquíssimos mesmo!) jogos bons, mas esses poucos, pelomenos para mim, valeram a pena nos 200$ do smartphone. Entretanto, jogos que me chamaram muito a atenção visualmente, como Xanadu Next, não passou de uma porcaria, mas não deixa de ser um jogo que um mero mortal jamais teria se não a ajuda da pirataria.


Agora, vamos apontar o canhão pro DS. Nele nós temos o R4, Acekard, EDGE e whatever. Esses cartuchos em questão transfere qualquer conteúdo do PC pro DS. Isso significa que podemos rodar ROM ilegal nele. Aí eu falo da coleção, caixa, bla bla bla.
Entretanto, há o outro lado. Os Flashcards possibilitaram o ingresso dos programadores caseiros e seus "homebrews". Ok, são ilegais de qualquer forma, mas se não fossem eles, provavelmente o DS (e DSi) não teríam outras funções além de jogar (e tirar foto no caso do DSi, já que Music Player não conta pois não roda .MP3). Eu uso um MP3 Player homebrew no meu DSi, além de diversos outros programas, como Beup Live (msn) e MoonShell para imagens. (no caso do PSP, é pura safadeza mesmo, pois já é um Media Player nato)

Agora, vamos voltar ao passado...
Você esqueceu de contar com um console antigo: o Sega Saturn.
Esse perdeu para o PS1 porque não tinha a mesma capacidade gráfica 3D (embora os jogos 2D dele fossem deveras superior ao PS1), por ter uma arquitetura e programação complexa e por... ser travado! (Embora tudo isso, ele foi o melhor 32Bits no japão)

Pois é, meu caro. Os poucos felizardos que possuíram um console desses deveriam prestigiar o que tem em mãos. Tive um Sega Saturn e não o abandonava por nada (até ele queimar...). O mesmo acontece com o meu N64.

Unknown disse...

Ah sim! Isso me lembrou uma história engraçada de um amigo meu. XD

Ele me disse uma vez, que comprou um Saturn travado. E, ao colocar um CD pirata, o console levantou uma agulha que arranhou o CD. Tá, não acreditei, embora seja relevante e até possível, mas o pior (e mais engraçado) estava por vir.
Ele depois, contou-me que havia comprado antes, um SNES, também travado, com um dispositivo anti-pirataria um tanto inusitado: ao ler que o cartucho era pirata, o console simplesmente liberava uma espécie de "soquete" que quebrava o chip do cartucho!
Eu apenas concordei com aquela carinha de que estava rindo litros por dentro e me perguntando de onde diabos aparecera um garoto tão noob assim.

Matt Harrison disse...

Ah é, me esqueci de comentar sobre os flashcards do DS.

Droga. e_e

Vou editar depois.

Yuri Miyasato disse...

Oi! Bom, como prometi estou aqui pra comentar!

Eu tenho um Wii travado ainda e pretendo manter-lo desse jeito. Acho que quando é dese jeito realmente nos esforçamos mais para jogar, mas também acho que depende da pessoa... Sempre fui do tipo que quer zerar o jogo 100%, embora nem sempre dê certo!

A questão da pirataria em si não fica somente nos games, acho que tudo que foi discutido também vale pra outras coisas. Sempre prefiro original quando o mesmo se encontra disponível, claro, porque quer querira quer não, isso realmente é um estímulo pra quem fez.

Acredito que quem ache a pirataria a melhor coisa do mundo na verdade não enxerga mto bem as coisas como elas são. Não são eles que ficaram elaborando o jogo pra no final não ganharnada e o jogo msm assim ser um sucesso. É verdade que ter um console desbloqueado tem suas vantagens de conhecer mais jogos e etc, mas ai também é uma questão de pesquisar e avaliar bem cada jogo que se adquire e não sair comprando qualquer coisa!

A matéria tá muito boa! Vou comentar mais vezes o/

Vicky* disse...

Matheus, realmente eu não entendo muito de vídeo game, mas adoro jogar quando tenho oportunidade. Foi interessante ver o quanto você gosta e se interessa pelo assunto hoje na sua apresentação, espero que realmente isso que você gosta te traga coisas boas. Artigo muito bem escrito, coerente e de acordo com a realidade. Tudo o que você disse é perceptivo na maioria dos compradores de jogos piratas, mesmo achando um mercado "errado" acredito que é uma maneira de tentar encontrar soluções. Sucesso, muito sucesso.
Da sua amiga, Victoria.

Breddy disse...

Eu acho...

Que foi legal o que vc escreveu, me deu vontade de comprar um jogo original (pq ter um jogo original também é legal..) voltando ao assunto, esse "incentivo" a não comprar jogos piratas, realmente é útil, pois, pode-se perceber que jogos originais tem seus lados bons (muito bons pelo visto), e que jogos piratas são baratos, mas é algo que não será aproveitado, loogo, vira dinheiro jogado fora, se voce não gostar do jogo é claro...


Mas, fazer 100% em um jogo pirata é possível, a variável não é o dinheiro, não é como o jogo é produzido, nem a falta de vontade que, como o Doofie mesmo disse, pode e afeta os produtores dos jogos, a variável é o gosto do jogador, ou seja, se gosto de jogos de guerra, não vou comprar o jogo da éguinha pocotó citado na matéria, o variável é o atrativo do produto, o DIFERENCIAL com relação aos outros jogos...

Sendo assim, jogos "falsetas" também podem ser bem aproveitados, tenho um xBox 360, tenho jogo pra casete, quem disse que logo logo vou comprar jogos....


Esse mar de compra de jogos piratas, é, também, pelo dinheiro que os compradores não dão valor, até porque, é difícil se contentar só com 3 ou 4 jogos nao é mesmo??

(Tinha um ps2, e 60 jogos, nao jogava metade deles....)

Mas é isso ai, valeww, falow, bejo do Breddy

Junior disse...

Você ta certinho, a pessoa quando tem muitas variedades se disperça muito do objetivo real dos games..ela não aproveita tanto quando quem tem 3 4 games.
As veses a pessoa fica com preguiça de continuar o game que apontou ali uma dificuldade e parte pra outro
e sem contar que quanto mais games voce tem menos voce os joga por que voce não tem tempo para isso :)

Ishida disse...

Ótimo (e realmente polêmico xD) post, Dufi-kun. :3
Seu blog tá cada vez mais rox -s
Me fez começar a pensar bem nesse aspecto..
Bom, realmente você tem toda razão; e por mais que os games originais sejam ''quase impossíveis'' pra grande maioria das pessoas que têm esses consoles, vale mais a pena um game original que dê animo e proveito de vários replays, do que de 100 games copiados, 70 deles deixado de lado.. :/
Eu mesmo fui assim (bom, 95% dos mesmos nunca havia jogado antes).
E deve ser o mesmo isso que acontece na maioria dos casos. xD
Isso é uma coisa meio que sem saída por causa do alto preço, mas ainda assim ''mais vale um pássaro na mão, do que dois voando'' é mais ou menos assim, vendo pelo ponto da boa vontade das pessoas com games originais e piratas. Mas sei lá, é algo meio que sem saída... @_@