sábado, 13 de fevereiro de 2010

Review: The Legend of Zelda: Spirit Tracks (NDS)

Review: The Legend of Zelda: Spirit Tracks (2009, Nintendo DS)



Mesmo tendo sido lançado em dezembro do ano passado, o jogo concorreu a melhor game do ano (e, consequentemente, melhor jogo para Nintendo DS & melhor jogo para portáteis), e com razão, diga-se de passagem.

O que já era ótimo em Phantom Hourglass, conseguiu ficar melhor ainda em Spirit Tracks. Sério, eles conseguiram! A jogabilidade foi aprimorada, e agora Link responde ainda melhor aos comandos da Stylus. O visual foi refeito, e está muito mais bonito. O som é épico, como é padrão da série. Diversão e replay nem precisam ser comentados, certo?

Por incrível que pareça, dessa vez o enredo traz inovações bem ousadas (para o enredo padrão da franquia, claro). Neste episódio, que é continuação direta de Phantom Hourglass (se você jogou o primeiro, vai notar várias referências bem claras), Link, ou seja lá o nome que você quiser colocar no personagem principal, pretende se tornar um maquinista, neste reino que é praticamente todo coberto por trilhos. Estes trilhos são chamados Spirit Tracks, e segundo as lendas, já estavam lá quando as pessoas começaram a habitar o local. Em sua cerimônia de certificação, presidida pela própria Princesa Zelda em pessoa, tudo parecia normal... A cerimônia ocorre, e a princesa demonstra certo interesse no protagonista. Nada fora do normal, além de uma figura estranha que usa dois chapéus na cabeça. Esse personagem é o conselheiro real, e todos nós aprendemos, com jogos e filmes, que o conselheiro real nunca é uma boa pessoa. Ainda mais se ele usar dois chapéus e parecer um duende escocês.

Enfim, a cerimônia termina e Zelda manda um bilhete à Link, pedindo para que o mesmo a encontre em seu quarto mais tarde. Será que alguma coisa finalmente vai acontecer?? Não se anime tanto. Quando Link chega, Zelda diz que ela suspeita de que um grande mal está prestes a acontecer (oh!) e que Link é o único que ela acha ser capaz de ajudá-la nesse momento. (OOH!) Então, os dois rumam ao Spirit Temple, cujo nome em português soa ridículo, para ver se o pressentimento de Zelda é verdadeiro. E, no caminho eles são atacados pelo... CONSELHEIRO!!!

Eu disse, conselheiros nunca são gente boa, principalmente se usarem dois chapéus.

...Aliás, que tipo de pessoa usa dois chapéus?!

De qualquer modo, o conselheiro mostra que seus dois chapéus na verdade escondem um par de chifres, o que justifica o uso dos acessórios, pois realmente um par de chifres é mais bizarro do que um par de chapéus. Ou não.

E então, o conselheiro revela seu plano maligno e... Ataca Zelda!! Então, Zelda cai no chão e... seu espírito sai do corpo.

Como assim?!! Zelda morreu?? E nos primeiros dez minutos de jogo?! Calma, não é bem isso. A princesa apenas desincorporou. O Conselheiro pretende usar o corpo da loirinha para governar o reino. Então, cabe a Link, junto do espírito de Zelda, restaurar os Spirit Tracks que sumiram e então derrotar o vilão!

Mas... O que diferencia este enredo dos demais da série?

Além do fato de Zelda te acompanhar (pelo menos espiritualmente), por todo jogo, há uma novidade: O espírito da princesa pode incorporar nos Phantoms (você se lembra deles? Tinham vários no primeiro jogo!), tornando-os personagens controláveis que te auxiliam na resolução de puzzles. E vai um destaque para a princesa, que consegue deixar até mesmo um Phantom daquele tamanho parecer feminino, quando controlado por ela. É engraçado ver uma criatura de tal porte físico saltitando de alegria. Se uma atuação dessas não merecer um Oscar, eu não sei o que merece.

Como já citado anteriormente, praticamente tudo o que havia de bom no jogo anterior foi melhorado. O primeiro episódio podia se gabar de ter gráficos impressionantes, um dos melhores do portátil, apesar de alguns problemas com a resolução. Pois o segundo episódio conseguiu superar! Novamente o jogo adota o estilo cel-shading, e para remediar essa falha na resolução, os personagens foram reduzidos. Ou seja, agora a câmera se encontra num ponto mais alto do que no game anterior, digamos assim. Isso ajuda bastante, pois faz com que os personagens fiquem menores, e, assim, menos pixels podem ser vistos. Os cenários também são ótimos, muito detalhados e até que possuem uma boa variação. Durante as viagens de trem, é bem visível que as paisagens não passam de texturas, e a maioria das árvores são planas, mas isso não é algo que realmente prejudique o visual, se pensarmos que fazendo isso eles economizaram um bom espaço para fazer o jogo maior.

Alguns chefes mudam a perspectiva da câmera, o que gera um efeito muito legal também, apesar de já ter sido visto em outros jogos. Por falar em chefes, são todos muito bem feitos, com um nível de detalhamento impressionante.

A jogabilidade manteve-se quase inalterada, e as poucas mudanças foram para melhor. O esquema de comandos ainda permanece totalmente executado pela tela de toque, enquanto os botões servem como atalhos. Zelda, quando dentro do Phantom, pode ser controlada da mesma forma que eles eram controlados no modo multiplayer de PH; risque uma rota na tela e a personagem a segue. Seria melhor se o guerreiro pudesse ser controlado de forma livre como Link, mas este jeito é bem funcional também e dá conta do recado. Infelizmente, não é sempre que você pode controlar um dos monstros; eles ficam restritos apenas ao templo principal. Obviamente, essa novidade do game que, com
certeza, possibilitaria uma gama de puzzles imensa e podia muito bem ser ampliada para, quem sabe, controlar o guerreiro por todo o jogo. A maior "novidade" na jogabilidade, além de poder controlar um inimigo, é a maior utilização do microfone do DS. Vários itens adquiridos ao longo do jogo fazem uso do microfone, como a flauta que é o principal equipamento do game. Isso é algo bem interessante, mas impossibilita que você jogue o título em qualquer lugar.

Não, não digo isso pelo fato de você ter que ficar igual um retardado soprando o video game em público, mas sim pelo barulho ambiente. Como todos sabemos, o microfone do DS identifica sons e ruídos para executar suas funções. Isso significa que você não pode jogar em um ambiente com muito barulho externo, a não ser que queira ficar disparando o tornado o tempo todo.

Tirando esse pequeno inconveniente, a jogabilidade é primorosa. Diferente de diversos outros títulos que fazem uso abusivo da tela de toque, Zelda consegue executar a tarefa com maestria. Aqui, você realmente anda para onde quer andar, pega o vaso quando quer pegar, e ataca quando quer atacar.

Sim, essa foi pra você, Scribblenauts!!

A diversão é algo que dispensa comentários. Zelda é divertido de qualquer jeito, e o game apresenta uma grande variedade de itens, caminhos e ambientes que garantem fazer você perder algumas dezenas de horas explorando os mapas. O fator de replay, assim como no game anterior, é bem alto, mas fica comprometido pela exploração repetitiva do templo principal. No começo, é um local bem bacana, mas com o passar do tempo, começa a ficar bem difícil e chato, pois você sabe que assim que passar um templo, vai ter que voltar lá para liberar outro pedaço do mapa. Não é algo muito ruim, mas é um conceito que poderia ser revisto.

As músicas são um show à parte; realmente épicas. Verdadeiras composições que só a série Zelda consegue ter, uma trilha sonora daquelas que você se pega cantarolando depois de terminar o jogo.

The Legend of Zelda: Spirit Tracks é uma continuação mais do que digna de Phantom Hourglass. Tendo todos os seus aspectos melhorados, o primeiro título, que já era um clássico do portátil, foi superado pela continuação. E para os jogadores do primeiro game, vão reconhecer vários personagens logo de cara. Apesar do game se passar vários anos após o enredo do primeiro, alguns personagens ainda estão vivos, e até alguns descendentes marcam presença, como Lineback III. E sim, ele é tão ganancioso quanto seu avô, e vai fazer de tudo para arrancar seus preciosos Rupees de maneira abusiva.

Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 10
Som: 10
Diversão: 9
Replay: 8,5
Enredo: 8,5
-
Nota final: 9,5
-
Comentário final: Merecia ter ganho como melhor jogo de portátil do ano, sem dúvidas. GTA? Que merda é essa??


Pontos fortes: Gráficos lindos, jogabilidade perfeita e trilha sonora envolvente

Pontos fracos: Repetição do templo principal, e a ideia de controlar o Phantom podia ser mais explorada

Vídeo:


See ya!

Um comentário:

Godiles disse...

Show de bola...review bem diferente do seu estilo nem pareçe que foi voce quem escreveu ;p

esse jogo realmente pareçe ser fantastico...até eu que não sou um amante de zelda fiquei com vontade.

:S